segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Postagem primogênita

Resolvi virar "blogueiro" — as aspas devem-se ao fato do termo ainda não estar dicionarizado. Intitulei o "blog" de De omnibus dubitandum est — "duvide de tudo" em latim — porque apropriei-me do mote cartesiano desde que tive meu despertar filosófico; contudo, tudo poderá ser tomado por tema para este espaço, não se limitando, portanto, às discussões filosóficas, embora acredite que tudo pode ser tomado por debate filosófico, até mesmo aquilo que é tomado por futilidade por alguns. Tenho muitos assuntos em mente para escrever; no entanto, como sou partidário de Nietzsche quando ele diz que "sem a Música, a vida seria um erro", começarei pela Música. Compus uma música ontem chamada Tiempo. Não foi só o título que saiu na Língua Espanhola, mas o resto da música também foi composto na Língua. Estou receoso de que tenha cometido algum equívoco na escrita, pois o Espanhol, das Línguas que, de certa maneira, falo é a que menos tenho afinidade. Só li um livro na minha vida em Espanhol e faz muito tempo que a estudei. Transcreverei a letra e peço para que quem tem maior afinidade com a gramática espanhola possa ajudar-me.

Tiempo

Yo me pregunto lo que és
Eso que llaman de tiempo.
¡Él tiempo! ¡Tiempo!

¿Que és él tiempo al fin?
Cercado de tanto espacio vacío y materia.

¿Porque yo me recuerdo del pasado,
Pero no me recuerdo del futuro?
¿Si yo me olvido del pasado,
Porque no me olvido del futuro?

¡Tiempo que és tan incomprensible!

Resolvi compor uma música numa língua diferente porque tenho deparado-me com bandas cosmopolitas. O engraçado é que as conheci por coincidência. Citarei duas. A primeira chama-se Brazilian Girls e a segunda Pink Martini. Aquela canta em Italiano, Alemão, Espanhol, Português, Francês e Inglês e esta em Inglês, Espanhol, Francês, Italiano, Português, Japonês, Árabe e Grego — é bom deixar claro que, embora seja adepto da norma culta de nossa Língua, opto por algumas regras próprias, principalmente depois da palhaçada dessa nova reforma ortográfica, que é assunto para outra postagem. Eu utilizo, por exemplo, maiúsculas para diferenciar Português, Língua, de português, aquele que nasceu em Portugal. Com o tempo, vocês perceberão minhas preferências — . Achei muito legal isso, principalmente porque gosto de treinar meu poliglotismo. Gostei mais do som da Pink Martini. As duas bandas lançaram álbuns novos no ano passado. Voltando à minha composição, estava pensando um dia desses que eu sou eclético no que se refere a ouvir música, mas que meu ecletismo não se reverte muito nas minhas composições: elas são mais Mpb. O ruim é que além de ter muita limitação técnica, também tenho limitações no que se refere ao timbre. Como compor um Heavy Metal tradicional usando só violão? Eu tenho ouvido muito Indie Rock e tentei compor algo mais ou menos no estilo. Se eu tivesse mais recursos para gravar outros instrumentos, teria ficado melhor, mas acho que deu pra fazer algo no estilo. Quando colocar a música no YouTube, disponibilizo-a aqui.



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