Até mesmo os livros de São Paulo foram contestados, ou pelo menos não apresentados como "Escritura" per se., por pelo menos duas grandes figuras antigas. Por exemplo, não temos nenhuma evidência positiva de que São Justino Mártir (165 d.C.) considerou Filipenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filêmon, Hebreus, Tiago, 2 Pedro ou 1, 2 e 3 João como livros bíblicos. São 11 dos 27 livros. O mesmo se aplica a 2 Timóteo, Tito e Filemon no que diz respeito a São Policarpo (69 d.C. - c. 155 d.C.). Santo Irineu, Orígenes, Tertuliano e São Clemente de Alexandria não afirmam, expressamente, que Filêmon seja canônico no período entre 160 d.C. e 250 d.C. .
Além disso, 1 Pedro não era considerado canônico no período entre 30 d.C. e 160 d.C. e foi aceito, pela primeira vez, apenas por Santo Irineu (c. 130 d.C. - c. 200 d.C.) e por São Clemente de Alexandria (c. 150 d.C. - c. 215 d.C.). O mesmo acontece com 1 João, que também foi aceito, primeiramente, por Santo Irineu. Ele ainda estava sob disputa por uma minoria no período "tardio" entre 250 d.C. - 325 d.C. (assim como 1 Pedro). O livro de Atos era pouco conhecido ou citado no período entre 30 d.C. - 160 d.C. e só foi gradualmente aceito entre 160 d.C. e 250 d.C. . Ele ou não era conhecido ou não foi citado por São Clemente de Roma, por Santo Inácio, por Papias e pela Didaquê (tudo antes de 150 d.C.).
São Justino Mártir, São Clemente de Alexandria, Tertuliano e Orígenes, todos eles citam ou aludem-no, mas não se referem, especificamente, ao livro como sendo canônico ou Escritura Sagrada inspirada. Isso dificilmente é consistente com um cenário de pouca dúvida ou de "virtualmente, nenhuma disputa" sobre sua canonicidade (sem mencionar que um homem comum médio não teria como lê-lo e imediatamente discernir que se trata de um texto escriturístico sem o benefício prévio do recebimento dessa verdade pela Tradição cristã ou de uma Bíblia que traga, como temos hoje, os textos canônicos).
Todas as informações acima foram, originalmente, obtidas (para o meu primeiro livro) de fontes exclusivamente protestantes: New Bible Dictionary, Oxford Dictionary of the Christian Church e do From God to Us: How We Got the Bible (Norman L. Geisler; William E. Nix, Chicago: Moody Press, 1974).
Tudo isso sustenta minha alegação de que não é, simplesmente, fácil ler todos os livros bíblicos e "saber" que eles são inspirados e canônicos somente a partir de evidências internas contidas neles. A autoridade da Igreja foi requerida e é essa a minha principal alegação aqui. Estou opondo-me aos protestantes que, de forma tola, sustentam que a autoridade da Igreja não foi necessária no estabelecimento do cânon. Uma abordagem inteligente e racional da questão do cânon exige que reconheçamos a complexidade do processo (e, diria eu, a necessidade da autoridade da Igreja, em algum sentido, mesmo de uma perspectiva protestante).
Quanto aos livros que, por fim, decidiu-se que não integrariam o cânon bíblico: os Atos de Paulo foram aceitos por Orígenes e recebeu traduções para o grego, o latim, o siríaco, o armênio e o árabe. O Evangelho de Hebreus foi aceito por São Clemente de Alexandria. 1 e 2 Clemente e os Salmos de Salomão foram inclusos no Codex Alexandrinus do início do quinto século. Eusébio (História Eclesiástica, 3, 16) diz-nos que 1 Clemente era lido em muitas igrejas. A Epístola aos Laodicenses, conhecida, devido a São Jerônimo, como sendo forjada, foi inclusa em muitas Bíblias, do sexto século ao décimo quinto, reaparecendo até mesmo em bíblias protestantes inglesas e alemãs do século XVI.
O Norman Geisler informa-nos que a Epístola de Policarpo aos Filipenses é parte dos "apócrifos do Novo Testamento", uma classificação de livros que ele descreve como aqueles "aceitos por um grupo limitado de cristãos, por um tempo limitado, mas que nunca ganharam um reconhecimento amplo ou permanente" (Ibid. , p. 121,124). Ele inclui as Sete Epístolas de Inácio nesse grupo também.
De acordo com F. F. Bruce (The Canon of Scripture, Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1988), "A Pregação de Pedro" foi "altamente estimada" por São Clemente de Alexandria (p.194). Bruce também notou o texto aparentemente docético do "Evangelho de Pedro":
"No segundo século, ele foi lido e apreciado por cristãos que estavam propensos a aceitá-lo por ele ter sido escrito por Pedro. Até mesmo Justino Mártir parece citá-lo em um lugar" (p. 200).
Bruce afirma que São Clemente de Alexandria chegou a citar o Evangelho "completamente gnóstico", de acordo com os egípcios, "não uma, mas quatro vezes" (p. 189), explicando que "Clemente pode tomar um dito gnóstico que atribui a Jesus e dar-lhe uma reinterpretação ética que não ofenderia a ninguém". O mesmo Padre (exercendo o que Bruce chama de "hospitalidade") citou com aprovação "Tradições de Matias" e "Oráculos Sibilinos" (p. 191). Ele também citou declarações não canônicas de Jesus, conhecidas como "agrapha".
De acordo com Brooke Foss Westcott (A General Survey of the History of the Canon of the New Testament: Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 6th edition, 1980, da edição de 1889, 110-111; cf. Bruce, ibid., 127), Justino Mártir também cita, repetidamente, uma obra chamada "Memórias dos Apóstolos" (e. g., dez vezes em seu "Diálogo com Trifão").
Santo Atanásio achava que a Didaquê era boa o suficiente para ser inclusa ao lado dos livros canônicos, na mesma lista em que, pela primeira vez, encontram-se os 27 livros do Novo Testamento, e que poderia ser lida de forma proveitosa nas igrejas para edificar os fiéis (Bruce, ibid., 209). São Cirilo de Jerusalém (f. 386) tomou a mesma posição (Ibid., 211), assim como Rufino (f. 410) (Ibid., 225).
São Pedro, em 2 Pedro 3.16 (RSV), refere-se às "cartas" de São Paulo, nas quais "Há algumas coisas [...] difíceis de serem compreendidas, as quais os ignorantes e instáveis distorcem para a sua própria perdição, assim como fazem com as outras Escrituras". No entanto, tudo o que podemos determinar, a partir disso, é que Pedro considerou as cartas de Paulo (i.e., aqueles de que ele estava ciente) como sendo Escritura. Nós não sabemos quantas são ou de quais ele estava falando.
A International Standard Bible Encyclopedia afirma o seguinte sobre o livro de Hebreus:
"O autor e os seus leitores não eram discípulos pessoais de Jesus, mas tinham recebido o evangelho daqueles que tinham ouvido o Senhor (2.3) e não estavam mais vivos (13.7) [...] A passagem que é mais conclusiva contra a autoria paulina (2.3) é igualmente conclusiva contra a autoria de qualquer outro apóstolo" (Vol. II, 1357-1358, "Hebrews, Epistle to the").
Essa obra padrão de referência bíblica protestante considera Hebreus 2.3 como uma evidência "conclusiva" de que nenhum apóstolo escreveu o livro de Hebreus. São Paulo viu Jesus ressuscitado. Portanto, ele era uma testemunha de Jesus (1 Cor. 9.1, 15.8; At. 22.6-11) e estava completamente qualificado para ser um apóstolo — essa fundamentação é bastante conhecida. A definição bíblica de apóstolo é um tanto quanto fluida e flexível (como é o caso da maior parte das funções na Bíblia em seu estágio inicial de desenvolvimento); contudo, se a apostolicidade e o conhecimento da autoria são dois modos de facilmente identificar um livro como sendo canônico, então, o livro de Hebreus falha duplamente. A Igreja, por fim, reconheceu sua condição intrínseca como texto sagrado, mas isso não teria sido tão fácil de ser feito por alguém individualmente.
Argumenta-se que a crença comum da Igreja primitiva de que o livro teria sido escrito por São Paulo foi a razão pela qual o livro poderia ter sido aceito. Tal teoria, entretanto, não é evidente no livro em si mesmo. Só se pode chegar a ela por meio de complicadas comparações e análises internas que estão, obviamente, além da capacidade de um indivíduo médio.
A autoria por parte de um apóstolo não foi estritamente requerida na compreensão de canonicidade da Igreja primitiva. Alguns protestantes parecem achar que ela era necessária, mas ela não foi. Isso apenas tornou mais fácil concluir que um dado livro era inspirado. F. F. Bruce explica isso:
"A insistência de Jerônimo em que a canonicidade não é dependente de uma autoria particular, nem mesmo da autoria apostólica, revela um "insight" que muitas vezes tem sido ignorado nas discussões sobre o cânon da Escritura, tanto em épocas mais antigas quanto em tempos mais recentes" (The Canon of Scripture, 227).
Bruce afirma que Santo Agostinho tinha a mesma visão:
"Para ele, assim como para Jerônimo, a canonicidade e a autoria são questões distintas.".
"Como seu contemporâneo mais velho Jerônimo, ele fazia a distinção entre canonicidade e autoria apostólica" (Ibid., 232, 258).
O critério antigo mais acurado para a canonicidade é descrito por Bruce da seguinte maneira:
Mesmo em um período anterior, a autoria apostólica, no sentido direto, não era exigência, se alguma forma de autoridade apostólica pudesse ser estabelecida. [...] Se um escrito era obra de um apóstolo ou de alguém intimamente associado a um apóstolo, deveria pertencer à era apostólica. Escritos de data posterior, fossem quais fossem seus méritos, não poderiam ser inclusos entre os livros apostólicos ou canônicos.
Bruce faz uma declaração interessante sobre o Evangelho de João:
Justino não diz nada sobre a autoria do Quarto Evangelho [...]. O primeiro escritor conhecido a chamar o evangelista de João foi Teófilo, Bispo de Antioquia c. 180 d.C. (To Autolycus, 2.22). (Ibid., 129)
O autor de 1 João é anônimo. Creio que todas as três epístolas foram escritas pelo Apóstolo João, autor também do Evangelho que porta o seu nome, mas, novamente, isso não necessariamente seria aparente imediatamente ou facilmente a um leitor casual. "Ancião" ou "presbítero" dificilmente é uma identificação conclusiva. Eu poderia escrever uma carta assinada com "o apologista" — mas isso dificilmente diria às pessoas que o autor seria Dave Armstrong!
O polemista anticatólico Ken Temple declarou: "Paulo e Pedro reivindicam inspiração nos seus escritos: 1 Coríntios capítulo 2, 7:1, 40, 2 Pedro 1:12-21, 3:1, 3:16".
Ele está fazendo eisegese com 1 Coríntios 2 para chegar a essa conclusão. Nenhuma das palavras usadas são uma prova definitiva de inspiração. Pelo contrário, Paulo está expressando que está sendo guiado pelo Espírito Santo da mesma forma pela qual todos os cristãos são guiados ou deveriam sê-lo. Obviamente, nem todos nós fomos inspirados a escrever as Escrituras. Então, São Paulo escreve, por exemplo: " [...] tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam. [...] Deus no-las revelou pelo seu Espírito" (2.9-10). Então, essa é uma iluminação espiritual, mas não apenas dada aos apóstolos e/ou aos escritores inspirados da Escritura, mas "para aqueles que o amam". No versículo 12, ele explica que o Espírito que habita em nós ajuda-nos a "conhecer as graças que Deus nos prodigalizou".
Isso nada tem a ver com a inspiração e com a Escritura, como indicado, novamente, no versículo 13: "[...] aqueles que possuem o Espírito". Paulo continua o seu ensino geral sobre o Espírito que habita em nós e sobre o discernimento das coisas espirituais, referindo-se aos "dons do Espírito Santo", no versículo 14 e sobre o "homem espiritual" no versículo 15. Quando ele conclui: "Nós, porém, temos o pensamento de Cristo" (2.16), isso também não está se referindo somente à inspiração dos autores bíblicos de forma nenhuma. Trata-se de um tema comum em Paulo (cf. Rm. 8.6, 27; 11.34; 15.6; 1 Cor. 1.10; cf. Hb. 8.10). Além disso, o início do capítulo refere-se a uma proclamação oral anterior de Paulo, não à Escritura escrita em absoluto (2.1-4).
Tudo o que 1 Coríntios 7.40 diz-nos é que Paulo tem o "Espírito de Deus". Sim! O mesmo acontece com todos os cristãos (Jo 14.16-18; Rm. 8.9-11; 1 Cor. 2.12; 3.16-17; 6.19; Gl. 4.6; 1 Jo. 3.24; 4.12-16). No entanto, todos nós não escrevemos a Bíblia, não é? Então, isso prova exatamente nada e não passa de um raciocínio circular desesperado e de eisegese.
2 Pedro 1.19-21, por outro lado, realmente aborda a inspiração (embora não prove o que o Ken acredita que a passagem prova). Todos nós concordamos que a Escritura é inspirada. Tecnicamente, no entanto, Pedro não está reivindicando aqui inspiração para a sua própria escrita, na qual ele faz essa observação: também há uma aplicação à profecia falada em 1.21 ("Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus"), que pode estar, mais tarde, registrada nas Escrituras, mas não necessariamente (e não há muitas profecias no Novo Testamento).
Apenas o autor do Apocalipse realmente, expressamente, alega inspiração (isto é, para aquilo que estava escrevendo, assim como os profetas do AT reivindicavam inspiração direta). Uma vez que Pedro aqui se refere, genericamente, à "Escritura" e à "profecia", e não ao seu presente escrito, isso não refuta minha alegação. Tudo o que a passagem sugere é que as Escrituras são inspiradas, como todos os cristãos crêem.
Novamente, em 2 Pedro 3.16, Pedro chama os escritos de Paulo (ele não nos diz quais) de "Escritura". Claro! Ninguém discorda disso. Só não sei que conexão o versículo 1 tem com isso. Pedro diz que essa é sua segunda carta. Ele ainda não afirma que seja Escritura. Nós cremos que ela é. Talvez haja outras evidências internas sugerindo que sim, mas isso não refuta minha afirmação.
Não podemos concluir que o fato de que Pedro tenha chamado a sua carta de uma carta signifique que ele está chamando-a de Escritura porque ele iguala as cartas de Paulo às Escrituras. Isso não se segue, mesmo se a carta de Pedro for de fato Escritura, como cremos. Não acredito que os escritores da Bíblia necessariamente
sabiam que o que eles escreviam era inspirado. Eles, muitas vezes, parecem não estar cientes disso ou, então, não declaram algo assim, em função de humildade.
Quanto à minha opinião, tenho o apoio de F. F. Bruce (em sua seção "Inspiração", no capítulo 21: "Critério de canonicidade"):
"Por inspiração, nesse sentido, quer-se dizer aquela operação do Espírito Santo pela qual os profetas de Israel foram capacitados a falar a palavra de Deus.
[...] Apenas um dos escritores do Novo Testamento baseia expressamente a autoridade do que escreveu em inspiração profética. O Apocalipse é chamado de 'o livro desta profecia' (por exemplo, Ap. 22.19). O autor implica que suas palavras foram inspiradas pelo mesmo Espírito da profecia que falara por meio dos profetas da antiguidade [...] seu apelo por meio do Apocalipse não é à autoridade apostólica, mas à inspiração profética [...]. Não se deve negar que [os livros do Novo Testamento] eram (e são) assim inspirados, mas a maior parte dos autores do Novo Testamento não baseia sua autoridade na inspiração divina [...] Quando, porém, [Paulo] precisa afirmar sua autoridade [...], ele a baseia na comissão apostólica que havia recebido do Senhor exaltado.
[...] a inspiração divina dos evangelhos de Marcos e Lucas não deve ser negada, mas esses escritos foram aceitos, primeiramente como Escrituras dotadas de autoridade e depois como canônicos, porque foram reconhecidos como testemunhas fidedignas dos eventos da salvação.
Clemente de Roma reconhece que Paulo escreveu 'com verdadeira inspiração' [1 Clemente 47.3]. Entretanto, faz alegação semelhante para a sua própria carta.
[nota de rodapé 38: 1 Clemente 63.2; cf. 59.1, onde ele descreve o conteúdo de sua carta como 'palavras faladas por Cristo por nosso intermédio'. A liberdade que a idéia de inspiração era utilizada por alguns pais da igreja é bem ilustrada por uma carta de Agostinho a Jerônimo, em que se afirma que a interpretação bíblica de Jerônimo foi realizada 'não apenas pelo dom, mas pelo ditado do Espírito Santo' (Agostinho, Epístola 82.2 = Jerônimo, Epístola 116.2) [...].]
[...] Semelhantemente, Inácio alega falar e escrever pelo Espírito. Ele tinha, sem dúvida, o dom (ocasional) de profecia: 'Não é segundo a carne que vos escrevo', diz ele à igreja em Roma, 'mas segundo a mente de Deus' [Inácio, Aos Romanos, 8.3].
[...] Em nossos dias, todavia, a inspiração já não serve como critério de canonicidade. 'Foi apenas quando a fita vermelha da autoevidência foi atada ao redor dos 27 livros do Novo Testamento que 'inspiração' passou a servir aos teólogos como uma resposta à pergunta: Por que estes livros são diferentes de todos os outros?'
[nota de rodapé 47: K. Stendahl, The Apocalypse of John and the Epistles of Paul..., p. 243...] (Ibid. 264-268)"
Sim! Exatamente! Isso complementa meu argumento perfeitamente e apóia-o. Estou afirmando que uma maneira particular de determinar o cânon é inadequada. Estou também argüindo que a Igreja é necessária aos cristãos a fim de termos uma compreensão ou uma moldura definitiva de quais livros são bíblicos e de quais não são. Tal abordagem não é qualquer tipo de "desmerecimento da Bíblia". A Bíblia não pode ser usada para produzir um argumento baseado naquilo que os livros bíblicos, individualmente, supostamente alegam, quando eles, de fato, sequer fazem alegações desse tipo.
Decidir qual é o cânon é diferente de produzir aquilo que as Escrituras são porque elas são inerentemente inspiradas. Em outras palavras, o cânon não é idêntico à Escritura, não mais do que um sumário é idêntico ao livro que ele descreve por capítulo.
Eu não nego qualquer "autoatestação", eu apenas nego que isso, por si só, foi suficiente para estabelecer um cânon conhecido com limites definitivos, ou que isso seja uma característica abrangente de "todos" os livros bíblicos como alguns protestantes querem.