sábado, 3 de outubro de 2009

Educação

Na revista Veja da semana passada, alguns artigos discursaram sobre a Educação; um deles, inclusive, utilizou-se de informações errôneas. Um artigo do J.R. Guzzo, intitulado Ponto de Partida, afirma, por exemplo, que nenhuma universidade brasileira figura entre as 100 melhores do mundo, sendo que a própria revista, recentemente, informou que a USP ocupou a 38ª posição no ranking da Webometrics Ranking Web of World Universities [1]. Mandei um e-mail para a revista informando a incorreção das informações e que, dessa maneira, a revista abre espaço para que seu detratores a denigram. Posso gostar de algo, mas meu gosto não obscurece minha visão crítica.

Quero problematizar na postagem de hoje a temática educação. A Veja do fim de semana passado iniciou minha reflexão e a abertura do XV Congresso de Iniciação Científica da UnB e 6º Congresso de Iniciação Científica do DF deu prosseguimento à minha reflexão tanto pela atitude dos participantes naquele congresso quanto pela audição de uma das palestras. Antes de tal audição, percebi a falta de educação das pessoas que estavam no Congresso: enquanto alguém discursava, os estudantes conversavam, ignoravam quem falava e quando a lista de presença foi passada, quase não era possível ouvir quem falava. Quem conhece a acústica dos anfiteatros, sabe do que estou falando — embora aprecie bastante a estética dos projetos do Niemeyer, há quase 5 anos sinto na pele a falta de funcionalidade deles.

Depois de observar a falta de educação dos estudantes, um palestrante procurou responder para que serve a iniciação científica. Ele respondeu utilizando alguns argumentos numéricos e práticos como, por exemplo, diminuição do tempo de mestrado, mas ele disse que a principal finalidade encontra-se no ser humano em seu sentido mais geral. Acho que o raciocínio pode ser ampliado para o nível do Ensino Superior. Os nossos estudantes saem das universidades melhores do que entraram? Com certeza, eles saem sabendo mais do que entraram; uns, menos, outros, mais. Eles, contudo, são mais capazes de sensibilizar-se com o outro e de transformar o seu conhecimento técnico em sabedoria e cultura? Acredito que, infelizmente, a reposta é negativa.

Que a educação no Brasil está falida há tempos, é do conhecimento de todos; no entanto, acredito que problematizar o assunto e encontrar soluções, de curto, médio e longo prazo, é complicado. Não sei muita coisa de Estatística. O que sei aprendi no Ensino Médio — o que é quase nada — e em algumas matérias da UnB, principalmente, nas de Física Experimental e de Probabilidade; contudo, acho que a lógica é uma ferramenta que pode auxiliar bastante. A OCDE —Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico [2] — apontou num relatório recente que o investimento por aluno no Brasil, em comparação com os países membros da organização, que totalizam 30 países, é quatro vezes menor. O Inep — Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira [3] — informa que não houve muita variação na porcentagem do PIB investido em educação entre 2000 e 2007.

A comparação do investimento em educação entre os países a partir da porcentagem do PIB é um instrumento que só deve ser usado para o que chamo de equiparação positiva. Explicar-me-ei. Se o nosso investimento está abaixo de países que têm bons resultados em educação — pode-se olhar o ranking de universidades ou qualidade da produção de artigos científicos como base para tais bons resultados —, devemos esforçarmo-nos para aumentar o investimento porcentual com relação ao PIB; se, contudo, o nosso investimento for igual ou superior ao daqueles países com melhor desempenho geral, deve-se levar em consideração o contingente populacional porque aí entra em questão o dado fornecido pela OECD sobre o investimento médio por aluno.

Se tem uma coisa que me indigna na gestão Lula é a fórmula medíocre para resolução de problemas. Em vez de investir-se na educação básica e no Ensino Médio para que os alunos de escolas públicas possam competir em pé de igualdade com os alunos das escolas particulares, cria-se cotas; em vez de ensinar-se o uso correto da norma culta, simplicaram-na — mais alguns anos de Lula e teríamos uma língua sem acentos como a Inglesa e por aí vai. O novo ENEM, na minha humilde opinião, é uma das maiores burrices nesse país. Fala-se que o raciocínio lógico é privilegiado em vez da decoreba, mas não vi nada disso nos exemplos dados no site do Inep. A maioria das questões são mal feitas e ambíguas. Pra eu acertar, eu tenho de limitar a minha capacidade mental e pensar de modo medíocre. Sempre gostei das provas do Cespe. Não acho que a UnB deva mudar seu sistema de avaliação. Fiz o vestibular depois de quatro anos da minha conclusão do Ensino Médio e passei. Não tenho nenhuma memória extraordinária. Se a prova não exigisse raciocínio lógico, eu, provavelmente, não teria sucesso.

Qual o objetivo de uma prova que não cobra língua estrangeira? É lamentável um aluno terminar o Ensino Médio hoje em dia sem esse tipo de conhecimento. No curso de Física, por exemplo, se um aluno não souber Inglês, dificilmente, ele terá uma boa formação. Nem comento o fato de uma prova não cobrar gramática. Para concluir a análise de dados estatísticos, a UNESCO lançou um relatório global sobre educação muito interessante. Quando tiver tempo, tentarei lê-lo por inteiro. São 264 páginas de análises sobre o quadro geral da educação no mundo [4]. Quando vi que países como Costa Rica e Jamaica investem mais dinheiro em educação do que o Brasil, fiquei indignado. Com relação a Cuba, nem se o Brasil triplicasse o seu investimento, igualaríamo-nos aos cubanos.

Acredito ainda que as mazelas da educação do Brasil encontram-se num quadro mais profundo e sutil. Bertrand Russell, em seu livro O Casamento e a moral, diz algo que nunca percebi. As sociedades podem ser caracterizadas de duas maneiras: por meio do seu sistema econômico ou por meio do seu sistema familiar. A maior parte das análises são feitas no âmbito da Economia. Prova disso é a infinidade de livros que podem ser encontrados em livrarias partindo-se dessa análise. Quando eu era criança, quando sabíamos que algum colega tinha pais separados ou coisa do tipo, ficávamos abismado e, geralmente, esses colegas eram problemáticos. Hoje, a regra é que os pais sejam separados. Sei que posso parecer conservador. Alguns, talvez, dirão que sou defensor de uma instituição falida e que o que ocorria antes era que as pessoas não tinham a liberdade de dar fim a um relacionamento que não funcionava.

Irei de encontro a essas possíveis pessoas que possam opor-se a mim e direi que o que ocorre hoje é que as pessoas partem do pressuposto de que se não dar certo, elas podem terminar a qualquer momento um relacionamento. Uma criança que nasce num ambiente familiar desestabilizado, mesmo depois que já tenha ocorrido a separação, os próprios pais apresentam cicatrizes em sua personalidade que influenciarão no modo como tratarão os seus filhos, principalmente na imposição de limites. O pior é quando os pais não conseguem educar os seus filhos e ainda atrapalham o trabalho dos professores que, na maioria das vezes, sem sucesso, tentam melhorar o quadro. Recentemente, houve uma polêmica sobre o caso de uma professora que mandou um aluno pintar uma parede que pichou [5]. A professora disse que o aluno parecia um bobo da corte e a mãe já quis pronunciar-se em favor de seu filho.

Não consegui achar a referência, mas li sobre a discussão de leis que proíbem os pais de agredi-los fisicamente. Sou totalmente contra. Não vou utilizar a Bíblia como argumento porque acho que nessas questões, temos de usar argumentos lógicos que se apliquem a qualquer pessoa de qualquer pensamento religioso. Uma criança não tem a capacidade de entender certas coisas. Dar palmadas não causa problema nenhum. Não conheço estudos a respeito, mas aposto que se fizessem um estudo a respeito, descobriam que — como diria minha mãe — quem não apanhou dos pais quando criança, apanhou da polícia quando cresceu.

O problema não se restringe ao núcleo familiar e ao investimento do estado, mas em como se investe. O ENEM é o exemplo de uma política mal feita porque foi baseado no SAT americano. Temos de investigar como as coisas funcionam no Brasil. Não vejo problema em importarmos boas políticas, mas devemos ter em mente que o Brasil tem as suas peculiaridades. Da mesma forma, não adianta aumentar os gastos com a educação sem mudar o tipo de política. Conheço muitos professores universitários totalmente analfabetos. Eles cometem erros crassos em plena sala de aula. Não seria a hora de implementar um sistema como o francês no que se refere ao conhecimento da nossa língua?

Alguns países asiáticos criaram políticas para atrair as melhores mentes para o professorado. No Brasil, que perspectiva de carreira tem um professor? Aqui, diminui-se o salário dos professores no mesmo período em que se aumenta o salário de um ministro do STF para quase 26 mil. Um professor da UnB tem de ter mestrado e doutorado, além de 12 anos de docência, para ganhar 8 mil em média. Acho que não preciso argumentar que um professor tem muito mais importância num país do que um ministro de um tribunal.

Para finalizar, eu vou contrapor um mendigo e um professor. Os professores têm um piso salarial de 950 reais. Digamos, para simplificar, que um sinal de trânsito fique verde durante 30s por minuto e digamos que neste tempo ele ganhe 10 centavos. Em uma hora, ele arrecadará 6 reais. Se ele trabalhar 8 horas por dia e 25 dias por mês, ele ganhará 1200 reais! Chegamos a esse valor considerando que ele ganha 10 centavos por minuto, mas se de vez em quando alguém der 50 centavos ele já aumenta consideravelmente o seu ganho. Chega-se à conclusão, portanto, que, neste país, é melhor ser mendigo do que professor[6].


[1] http://www.webometrics.info/

[2] http://www.oecd.org

[3] http://www.inep.gov.br/

[4] http://www.uis.unesco.org/template/pdf/ged/2009/GED_2009_EN.pdf

[5] http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1313499-5604,00.html


[6] Comentário do senador Cristovam sobre o aumento do salário dos ministros do STF em contraposição ao piso salarial dos professores:
http://cristovam.org.br/blog/?p=3133&cpage=1

7 comentários:

  1. Fábio, muito interessante o seu post. Alguns trechos me chamaram a atenção, e eu vou comentá-los agora.
    Primeiro quanto à sua indagação acerca da sensibilização dos egressos de uma universidade quanto à sensibilização à condição dos outros. Percebe-se aí um pressuposto seu: que se a educação fosse boa, esta sensibilização certamente ocorreria. Esta visão humanista, obviamente, não encontra apoio na Bíblia, a única verdade - vide Marcos 7:21-23. Como poderiam os homens sensibilizarem-se por si sós? A corrupção do gênero humano é tamanha que, à parte da intervenção divina soberana, o homem não pode produzir bondade. Acredito, inclusive, ser este o "quadro mais profundo e sutil" das mazelas (não só da Educação) do Brasil.
    Em segundo lugar, é curioso que ao dizer "Não vou utilizar a Bíblia como argumento porque acho que nessas questões, temos de usar argumentos lógicos que se apliquem a qualquer pessoa de qualquer pensamento religioso", têm lugar certas incompatibilidades, partindo do pressuposto de que você é cristão:
    1) As verdades bíblicas têm aplicabilidade a qualquer pessoa - independente do pensamento religioso. Não estou negando que estas verdades não sejam ofensivas a adeptos de outras religiões. Estou dizendo que, por ser a verdade uma só, ela se aplica a todos - e deve portanto ser dita e ensinada, sendo compreensível ou não, aceitável ou não, a quem for. A tempo ou fora de tempo.
    2) Suponho que deva ser muito difícil, se não impossível, achar argumentos lógicos que se apliquem a qualquer pessoa de qualquer pensamento religioso. Ainda mais porque a compreensão das verdades dependem da revelação do Espírito Santo, a qual não é dada a todos.
    Aquele abraço!

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  2. Marcos, eu sou meio platonista no que se refere à humanidade. Acredito que quem faz algo de errado é porque é ignorante: se soubesse o que é o correto, não faria, mas sei que do ponto de vista bíblico, fazemos o mal que não queremos e o bem que queremos deixamos de fazer. Se bem que essa ignorância pode ser interpretada num sentido cristão como defasagem com relação ao Espírito Santo. O trecho de Marcos que você usou não contradiz o que digo. O fato dos maus desígnios procederem de dentro do coração dos homens apenas reafirma o papel importante da educação, que atua como uma força externa ao homem. Acho que você não entendeu muito bem quando não quis partir de uma perspectiva bíblica para argumentar. Não quis dizer que a aplicabilidade das verdades bíblicas não são universais, mas pensei do ponto de vista de um hinduísta, budista, ateu etc. . Do que adianta eu argumentar com pessoas de outras religiões usando a Bíblia, se elas não a tem como princípio fundamentador de seus atos? O que pode ser feito é usar os princípios gerais cristãos e utilizar os pontos lógicos e científicos para uma argumentação. Imagina você numa universidade ou num plenário argumentando com a Bíblia nas mãos. Para os cristãos, deveria ser o correto? Sim, mas, os ateus, por exemplo, não se importariam com o que a Bíblia diz ou deixa de dizer. O segundo ponto que você colocou poderia ser reduzido à argumentação de que é impossível criar um sistema ético sem religião e de que é impossível que tal sistema seja universal. Aconselho que você estude pensadores filosóficos como Comte-Sponville. O próprio Kant, em seu sistema ético, apela para a existência de Deus apenas para introduzir um sistema punitivo, mas exceto isso, num sistema kantiano, existe uma ética universal e laica.

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  3. Esqueci de comentar. A Bíblia não é a única verdade. A única verdade é Cristo. Deus revelou-se e revela-se por meio da Bíblia, mas a natureza testifica dele. Entendo a Lógica como um dos estudos sobre tal natureza, sendo que um dos atributos que nos torna semelhantes a Deus é a nossa capacidade de construir sistemas lógicos, em outras palavras, raciocinar.

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  4. Realmente, me expressei mal quanto à Bíblia ser a única verdade. Entretanto, é a única fonte para chegar ao conhecimento de Cristo - ensinos, sermões, livros são secundários, e só conduzem à verdade se baseados na Bíblia.
    Discordo de que a educação seja uma força externa. Não foram os próprios homens que criaram escolas, métodos científicos, etc.? Como podem os homens, corruptos e depravados, criarem uma coisa e desta retirar o bem? De novo, tudo se resume à ação livre e soberana do Espírito Santo, sobre quem lhe aprouver.
    O que seria um sistema ético sem religião? A religião não é necessária, mas Deus é. Que ética existiria no homem, por si só?
    Abraços!

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  5. Discursos que não foram baseados originalmente na Bíblia podem conduzir à verdade. A Ciência não foi baseada na Bíblia; no entanto, quando ela diz que qualquer objeto possui características de onda e de partícula ou que o atómo é divisível ela conduz à verdade. Quando você fala que a Bíblia é a única fonte para chegar ao conhecimento de Cristo, eu concordo e não concordo. Como a Bíblia é o que melhor temos como relato de Cristo, concordo, mas se você acredita que Cristo é o próprio Deus, você pode chegar a ele sem ser pela Bíblia. Eu mesmo não me converti por meio da Bíblia.
    Os homens criam escolas e metodologias, mas quem cria o conhecimento? Aí você parte de uma discussão sobre a descoberta ou criação do conhecimento. Quem conhece um pouco da história da Matemática, por exemplo, sabe que ao mesmo tempo em que ela é criada, ela é apreendida, descoberta. Se ela é descoberta, quem a criou se não o próprio Deus? — falo de uma perspectiva cristã: poderia deixar de lado a noção de causalidade. Você parte de uma visão conservadora e dualista de mundo. O mal não existe enquanto substância. O fato do homem ser originariamente mau não o impede de fazer o bem, nem que seja de modo insconsciente. Acho que você pode comprovar isso na prática. O que seria um sistema ético sem religião? Deus não é necessário num sistema ético. Acho que o budismo seria um exemplo de um sistema ético sem Deus. Você não precisa dizer que ele existiria no homem por si só. Sabe o que Platão fez com a sua Teoria das Formas? Você pode fazer algo parecido. Pra mim, isso é camuflar Deus, mas existem outros sistemas que partem de outros pressupostos. Eu vou tentar enumerá-los quando tiver mais tempo ou falar sobre o assunto no blog. Abraço e obrigado por privilegiar meu blog com sua leitura!

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  6. Acredito que a Ciência aponte para a verdade, mas não a defina. A Palavra de Deus continua sendo a revelação explícita de Cristo, de Deus para os homens. É interessante pensar nisso quanto à salvação, por exemplo, dos "índios que nunca ouviram falar de Cristo". Eles serão julgados por não reconhecer a Jesus como suficiente Senhor e Salvador?! Não, pois a eles não foi dada a oportunidade de ouvir sobre isso - Romanos 10:14-18! Deus não julgaria alguém por algo que ela não sabe, da mesma forma que não nos julgaria por quebrarmos as Leis, se estas não nos fossem dadas - Romanos 7:7.
    E então? Não evangelizaremos então, para poupar os ignorantes (no sentido próprio) da Ira de Deus? Não! E a resposta para tal se encontra em Romanos 1:18-25.
    Continuo afirmando, então, que a Bíblia é a única fonte para conhecer, de fato, a Cristo, e não somente saber a respeito d'Ele.
    Para responder à questão do budista poder ser ético, eu poderia concordar se estivéssemos falando apenas da perspectiva humana. Entretanto, como conhecemos e reconhecemos a visão divina, e que ela deve ser também a nossa, respondo a esta questão, eminentemente moral, com este pequeno artigo do Pr. John Piper, que explica melhor o que estou querendo dizer: http://www.editorafiel.com.br/det_dev.php?id_dev=6
    Aquele abraço!

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  7. Acho que a discussão fugiu do foco. Não objetivava discutir Teologia; contudo, já que você quis entrar nesse mérito, discutirei sobre o assunto. Antes de falar de Teologia, ontem pensei em alguns filósofos que discorrem sobre a ética sem o pressuposto divino: Schopenhauer, Heidegger, Sartre, Russell, Nietzsche — embora, ele construa uma ética sobre uma ética pré-existente — e Voltaire. Pensei neles num primeiro momento. Aqui, não seria o espaço adequado pra destrinchar o assunto, mas aconselharia que você pesquisasse sobre os sistemas éticos desses pensadores. Marcos, na sua última postagem, você entra em questões muito profundas. Na primeira linha, teríamos de discutir "que é a verdade"? Você, provavelmente, daria uma resposta baseando-se na Bíblia. Acho que nossa discussão não evoluiria muito porque não acredito na infalibidade da Bíblia e você há de prender-se em respostas provindas dela em vez da Lógica, que seria a minha principal ferramenta, embora não deixasse de utilizar a Bíblia.

    Quanto à sua citação para responder se os índios seriam julgados por não conhecer a Cristo, acho que você está extrapolando a sua leitura. Não se depreende do texto mencionado por você de maneira alguma que Deus não os julgaria por não conhecerem a Cristo. Entendo o contrário: Deus os julgaria porque ele não se manifesta apenas por meio da palavra escrita ou oral. A natureza, como já disse, testifica dele. Você disse que continua afirmando "que a Bíblia é a única fonte para conhecer, de fato, a Cristo, e não somente saber a respeito d'Ele", mas não demonstrou isso. Continue a afirmar então. Preste atenção em Romanos 1.20. Os homens são indesculpáveis porque a natureza divina de Deus é vista claramente e compreendida por meio das coisas criadas.

    Quanto ao budismo, a questão não era se ele é ético ou não segundo o Cristianismo, apenas o usei para dizer que ele é um sistema ético sem a pressuposição de uma entidade divina. Não gosto do John Piper. Na minha humilde opinião, acho-o muito medíocre intelectualmente. Abraço!

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